NOME Ludovina Soares da Costa

Elementos biográficos

  • PAI João Soares
  • MÃE Teresa Soares
  • LOCAL E DATA DE NASCIMENTO Coimbra, 25 de outubro de 1802
  • LOCAL E DATA DE BATISMO 
  • LOCAL E DATA DE CASAMENTO João Evangelista da Costa
  • FILHOS 
  • PROFISSÃO / CARGO / FUNÇÃO Atriz e dona de companhia teatral
  • LOCAL E DATA DA MORTE Rio de janeiro, 10 de fevereiro de 1868

Atuação

  • A família de Adão, 1811, Teatro São João
  • O surdo e mudo ou A abbade de L’Epee, drama em 5 atos, 1830, Imperial Teatro de São Pedro de Alcantara
  • O castigo da prepotência ou O heroismo de amor conjugal, 1831, Teatro da Praia Grande
  • O homem de tres caras, drama em 3 atos, 1832, Teatro Constitucional Fluminense
  • Gustavo na delegacia ou Os mineiros suecos, drama em 5 atos, 1833, Teatro Público da rua dos Arcos
  • Ericia ou O templo das Vistas, tragédia em versos, tradução de Manoel Maria Barboza du bocage, 1834, Teatro Constitucional Fluminense
  • Os tumulos de Verona ou Julieta e Romeu, drama, 1835, Teatro da praia de D. Manoel
  • O prodígio do amor filial ou O órfão e o assassino, drama em 3 atos, 1835, Teatro da praia de D. Manoel
  • A família de Moronval, drama, 1836, Teatro da praia de D. Manoel
  • A mulher no cadafalso, drama, 1837, Teatro da praia de D. Manoel
  • O jogador, drama, 1837, Teatro da praia de D. Manoel
  • Semiramis, tragédia de Voltaire, 1837, Teatro da praia de D. Manoel
  • A mulher vingativa, comédia de Goldoni, 1837, Teatro da praia de D. Manoel
  • A Marquesa de Belbonne ou As vítimas da perversidade, drama em 4 atos, 1838, Teatro da praia de D. Manoel
  • Merope, tragédia de 5 atos, de Voltaire e traduzido por Monuel Odorico Mendes, 1838, Teatro da praia de D. Manoel
  • Phedra, tragédia de 5 atos, composição de Rossini, 1838, Teatro São Januário
  • A idiota, drama em 5 atos, 1839, Teatro São Januário
  • Nova Castro, tragédia em 5 atos, de João Baptista Gomes Júnior, 1839, Teatro São Januário
  • O Martirio de Santa Ignes, drama e 5 atos, 1840, Teatro São Januário
  • Clotilde, drama e 5 atos, 1840, Teatro São Januário
  • A atriz, drama em 1 ato, 1841, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • A louca, drama e 3 atos, 1842, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • O mau amigo ou A humildade em triunfo, comédia em 2 atos, de Antonio Labier, 1842, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Fayel, tragédia em 5 atos, 1843, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • A cega ciumenta, drama em 3 atos, 1843, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Os sete infantes de Lara, drama, 1844, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Ignez ou a queda de um ministro, drama em 5 atos, 1848, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • A eleição de Carlos V Imperador da Alemanha ou O banqueiro de Fankfourt, drama em 5 atos, 1848, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Lazaro o pastor, drama em 5 atos, 1852, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • A compadrice, 1852, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Genovena de Brabante, drama de 4 atos, 1852, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Mariana ou A vivandeira, drama de 5 atos, 1 prólogo e 9 quadros, 1852, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Novo deserfor francês, drama em 3 atos, 1852, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • O palhaço, drama e 5 atos, 1852, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • A degolação dos inocentes, drama sacro em 5 atos, 1853, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Trinta anos ou A vida de um jogador, drama em 6 quadros, 1853, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Duquesa de Marsan, drama em 1 prologo, 4 atos e 6 quadros, 1853, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Frei Luis de Sousa, drama em 3 atos, 1853, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Três amores, drama de assunto português, 1853, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • O Marquês de Torrer Novas, drama em 5 atos, 7 quadros e um epílogo, original de Camilo Castelo Branco, 1853, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Dama de S. Tropez, 1854, Teatro de Santa Teresa
  • Clotilde, drama em 5 atos, 1854, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • O mouro de Veneza, tragédia em 5 atos, 1854, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • A esmeralda, drama em 4 atos, 1854, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Os dois renegados, drama em 5 atos e 7 quadros, 1854, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • O desertor francês, drama em 3 atos, 1854, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Benvenuto Celini, drama em 5 atos e 8 quadros, 1854, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Hamleto, tragédia em 5 atos de Shakespeare, traduzida por Antonio José de Araújo, 1855, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Afonso III ou O valido D’El-Rei, drama em 5 atos, 1855, Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Romance de um moço pobre, drama em 5 atos e 7 quadros, traduzido por Maria Velloso, 1859, Teatro Ginásio Dramático
  • Clotilde, drama em 5 atos, 1860, Teatro de Santa Teresa
  • Um casamento impossível, comédia em 2 atos, 1860 Teatro do Ginásio Dramático

Teatros em que atuou

  • Teatro São João
  • Teatro de São Pedro de Alcantara
  • Teatro da Praia Grande
  • Teatro Constitucional Fluminense
  • Teatro Público da rua dos Arcos
  • Teatro da praia de D. Manoel

Companhias que dirigiu

  • Companhia de Ludovina Soares da Costa que chega no Rio de Janeiro em 28 de junho de 1829 na galera Onze de maio, composta dos seguintes artistas: Ludovina Soares da Costa (1ª dama), Teresa Soares (Utilidade), Maria Soares (Lacaia), Gertrudes Angelina da Cunha( Característica) e Gabriela Augusta da Cunha (ingênua), João Evangelista da Costa (Galã central), Manoel Soares (Cômico) e José Maria do Nascimento (Ponto). No dia 17 de junho, do mesmo ano, entrou a galera Lizia trazendo o segundo grupo, constituido pelos profissionais: Joaquim José de Barros (Tirano), Miguel João Vidal (Galã), Manoel Baptista Lisboa (Gracioso), João Climaco da Gama (Vegete), Antonio José Pedro (Centro), José Jacob Quesado (Utilidade), Felix José da Costa (Contra regra), Maria Amália (Dama central) e Ricardina Soares (Dançarina). Jornal Theatro e Sport, 1919 numero. 231
  • Ludovina Soares da Costa, a atriz, a quem se deve a fundação do famoso Teatro da praia de D. Manuel, que a partir da cessão de um terreno, por três anos, foi construído prédio na travessa do cotovelo, depois Rua Vieira Fazenda, perto da praia. O prédio tinha três ordens de camarotes, havendo na primeira 24, na segunda e na terceira 22, Na segunda ordem e por cima da entrada mostrava-se o camarote imperial. O pano de boca representava a praça da constituição con o teatro São Pedro, A iluminação era realizada por um grande lustr e gambiarras junto ao palco, alimentadas, inicialmente, por azeite e posteriormente por gás, Em 1838, o teatro reverteu ao governo com a denominação Teatro São Januário. Em 1862, foi crismado com o nome Ateneu Dramático e, afinal demolido. Correio da Manhã, 1957, edi~]ao 19740

Registros imagéticos

Referências

  • Diário do Rio de Janeiro (RJ) – 1821 a 1858
Ludovina nasceu em Lisboa em 1802. Mas aqui viveu e aqui morreu, emprestando á nossa Arte, ainda embrionária, todo o seu esforço, toda a sua vontade. Estréando aqui em setembro de 1828, no theatro Constitucional, em "D. Joanna a Doida", foi desde logo consagrada como a nossa primeira dama galã. Aos que se esquivam a endeuzar personalidades do nosso theatro de hoje ha de parecer estranho que naquelle tempo se consagrasse artistas com tão apparente facilidade... Se volvermos entretanto, áquella época, encontraremos os motivos determinantes dessa apparente facilidade, ou antes, o motivo maximo, primordial: o repertorio. Ludovina surgiu numa época propicia ás manifestações altamente dramaticas. E ella, segundo os chronistas de seu tempo, tinha em grande escala, uma accentuada tendencia para o dramalhão... O repertorio em que o seu nome fulgurou... "Phedra", "Hamleto", "Lucrecia Borgla". Racine e Voltaire encontraram igualmente, em Ludovina, a sua grande interprete... Mas, sem fugir a verdade dos factos, pondo á parte as logica, não se póde affirmar que Ludovina fosse uma grande artista. 
Ella era simplesmente um temperamento que encontrára no theatro o meio mais facil e pratico de expandil-o... Talvez mais tarde ella tivesse procurado fazer um pouco mais de theatro. ..
Não obstante, é licito affirmar-se, que mesmo fóra de scena Ludovina revelava a cada momento o seu feitio, ora impetuoso, capaz das attltudes as mais violentas. E nem se póde comprehender de outra forma o seu successo no genero se attentarmos nas suas condições de educação. Habitos, ella os tinha, ás vezes, de certa fórma extravagantes, Offerecendo a sua vida os mais curiosos aspectos femininos. Uma qualidade que diriamos absorvente da sua personalidade se não parecesse excesso de irreverencia: Ludovina era um optimo garfo.
Tão magnifico garfo que veio a morrer de uma congestão, a 10 de fevereiro do 1802, no sobrado da rua da Constituição n. 7, onde viveu grande parte da sua vida.
Diário da Noite, 22 de abril de 1930, ed. 167.

Última atualização em